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Soneto da impostura

Deus me concebeu livre e soberano
Para criar minha biografia
E pincelar na de outro ser humano
Mil gotas de afeto em policromia

Para fazer bem mais do que é preciso
O que é preciso é ‘inda muito pouco
É como a linda boca sem sorriso
Pra quem ama tanto que é chamado louco

O homem me fez escravo temeroso
Julgou, sentenciou e me prendeu
Nas estreitas amarras do egoísmo

Tratou-me com espírito nanismo
Tirou-me parte do que Deus me deu
Quiçá meu bem mais precioso

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