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Fantástico: Giovanna aprendeu a ler nas lápides


É Fantástico!

Dia 28 de março o Fantástico exibiu uma reportagem sobre Giovanna Cury, a menina de Pindamonhangaba que aprendeu a ler no Cemitério. Assista o video que foi ao ar.

O que o Fantástico não mostrou?

Vale a pena conferir, no vídeo abaixo, um trecho da entrevista de Mauricio Kubrusly com o escritor Severino Antônio que, infelizmente, não foi ao ar. Leia também ao longo deste texto alguns aspectos do
lado humano, poético e pedagógico desta história, que o programa não mostrou.



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Making of

Para ver um pouco do making of da reportagem feita pela Rede Globo, clique na imagem:

Fantástico: A menina que aprendeu a ler nas lápides

A menina, o avô e a professora

Conhecemos Giovanna Cury em 2003, na época contando dois aninhos de idade.
Sem dúvida uma menina encantadora, conversada, conhecia as cores, algumas letras e entendia e aprendia qualquer coisa com muita facilidade.

Minha filha
Melina Rocha se encantou com ela e desde então passou a fazer parte dos programas de nossa família.

Quando ela tinha cinco anos, embora sem
freqüentar escola, já sabia ler com desenvoltura e se orgulhava de contar que aprendera a ler com o seu avô, José Carlos, zelador de um cemitério da cidade de Pindamonhangaba. O incrível da história é que seu aprendizado aconteceu nas lápides, nas quais o avô lia as inscrições para ela, enquanto o acompanhava em suas brincadeiras. Chama a atenção ainda o fato de o avô não ter sequer concluído o ensino fundamental.

Em 2007,
Melina conseguiu para a pequena Giovanna uma vaga em uma escola municipal, na qual a menina rapidamente se adaptou.

Neste mesmo ano, aconteceu a inauguração de uma
Brinquedoteca (local de trabalho da Melina) e para a solenidade ela convidou a Giovanna para ler um poema. Sua desenvoltura chamou atenção de todos, principalmente do prefeito, que não acreditava que uma criança que acabara de entrar na escola pudesse ler com tanta perfeição. Sua performance roubou a cena, literalmente. Todos queriam conhecer a menina de olhos azuis que interpretava com tanta exatidão os versos daquele poema. O fato acabou rendendo uma matéria em um jornal local (Tribuna do Norte).

Sabendo que ela completaria sete anos, minha esposa,
Almelice, que é professora em uma escola particular, fazendo chegar à diretoria do estabelecimento de que se tratava de uma garota extremamente talentosa, intermediou a negociação de uma bolsa de estudos integral para Giovanna. Almelice foi também sua professora na primeira série. Para que ela pudesse acompanhar o ritmo da escola, Almelice conseguiu também alguns "patrocinadores" para as despesas com materiais, roupas, viagens e outros custos inerentes à vida escolar.

A menina e o escritor

Na mesma época, Almelice contou para o professor e escritor Severino Antonio a história da menina. Ele quis conhecê-la, conversou com ela, com o seu avô e, com grande sensibilidade, captou o lado humano, poético e pedagógico de sua biografia. Meses depois saia o livro "A Menina que Aprendeu a Ler nas Lápides", lançado pela Biscalchin Editora, assinado pelo conceituado professor Severino.

O livro virou matéria de capa de uma revista especializada em língua portuguesa. A equipe do Fantástico tomou
contato com a matéria, e, a partir da informação contida no artigo de que a professora Melina Rocha trabalhava na rede municipal de ensino de Pindamonhangaba, obteve com a prefeitura o número de seu telefone.

Que pena!

Como você pode ver, trata-se uma história repleta de amor, poesia e pedagogia. Pena que o Fantástico tenha mostrado apenas o lado pitoresco da história! Por que será? O que você acha?

3 comentários:

Denise Barbosa disse...

Rochina,
fantástica foi essa sua publicação com o melhor lado da história. Infelizmente o pitoresco é que dá audiência...
Fico orgulhosa de saber do envolvimento da Melina nessa história, mas não me surpreendi, pois sempre soube do coração enorme que ela tem. Aliás toda a família! Parabéns!!
Abraço, Denise

teste disse...

Olá Rochinha, vi o vídeo e gostei muito da matéria.
Estou divulgando no Google buzz.

Star disse...

Olá Rocha, primeiramente gostaria de deixar aqui o meu parabéns a sua esposa pela iniciativa.
Agredito que ter o talento é muito importante, mas se não houver a oportunidade para o crescimento este talento fica limitado as condições do seu portador, entretanto, neste caso, a história se volta para a realização, devido ao fato da menina estar próximo de pessoas que sabem identificar qualidades em outras pessoas e conhecem os caminhos para se alcançar a sua plena realização.